Um dia, todo mundo tem que atravessar seus desertos.
Momentos onde a solidão se faz tão intensa que parece ter um corpo e uma presença própria. A dor faz o tempo ficar lento, demorado, e tudo parece parar.
É neste momento, que o ser humano descobre o peso do fardo do tempo, os fortes encontram a escada espiritual que os fará subir e compreender as sutilezas e nuances do processo de estar contido nesta existencia, os fracos se perdem em lamentações, saem buscando os culpados e revisando os possíveis erros do passado.
Percorrem infinitos labirintos de conjecturas mentais de tudo aquilo que "deveriam ou poderiam" ter feito na vida e que não fizeram. Aí está a diferença entre passar pelo deserto e o permanecer nele.
Os que resistem, os que persistem, racionam a água, caminham um pouco mais, dão um passo além das forças. Os que desanimam, bebem toda a água do cantil, esperam pelo milagre que não virá, pois todo milagre é a recompensa existencial de um entendimento maior com a fonte de nossa origem.
Se hoje você está atravessando o seu deserto, seja ele o mais seco do mundo, não importa, em algum canto dele, você encontrará um oásis. Podemos passar por vários oásis e assim mesmo não conseguir vê-los por causa da cegueira temporária de nosso egoísmo.
Na nossa vida, oásis são os amigos que não nos abandonam, são aquelas pessoas desconhecidas que se preocupam com o próximo, é a fé que todos nós temos que renova a esperança. É a nossa unidade, não a nossa separação.
Mantenha a fé e uma certeza: você vai atravessá-lo! Não desista de nada, não desista de você! A poeira vai baixar, a tempestade vai passar,assim como passam todas as tormentas, e depois de tudo, o sol vai brilhar por você e para você.
A esperança é essa brisa que sopra em seu rosto o frescor da manhã, e a força que nos empurra para a vitória, é o amor de Deus que nunca nos abandona mesmo quando nos distanciamos de sua presença e esquecemos que na realidade todos somos um.
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